quinta-feira, 6 de junho de 2013

POR FAVOR: APROVEM LOGO O CASAMENTO GAY!!


Criei este blog recentemente com o intuito de divulgar minha opinião sobre livros e filmes, ou qualquer outro meio de se contar uma boa história. No entanto, na noite de ontem, ao assistir despretensiosamente ao jornal nacional, uma noticia em especial deixou-me severamente alarmado: “Protesto contra o casamento gay e o abortoreúne milhares em Brasília”.

De acordo com a notícia, cerca de quarenta mil pessoas participaram do ato, convocado pelos líderes das igrejas evangélicas. Não pretendo entrar no mérito da legalização, ou não, do aborto, apesar de entender que movimentos religiosos nada tem a ver com aspectos jurídicos e de saúde pública. Porém, no que tange à união “homoafetiva” me sinto compelido a manifestar minha opinião.

É alarmante assistir a uma multidão alienada e tomada pela ignorância ser aliciada por oportunistas travestidos de religiosos que pregam a intolerância e o preconceito. Um casal formado por dois homens, ou por duas mulheres, em nada difere de um casal heterossexual, e os que fazem diferença entre eles, ou age por ignorância ou por oportunismo. E o mais preocupante não é que ajam religiosos que preguem por interesse próprio, com o propósito de alienar a massa e gentilmente extorquir-lhes parte do pouco que ganham. O que me deixa preocupado, e profundamente entristecido, é que uma multidão ouça, e repita, tantos absurdos que saem das bocas mentirosas de falsos pregadores.

Qualquer religião que realmente se preocupe em agradar a Deus e buscar a paz entre os seus filhos precisa, indubitavelmente, ser pautada no amor e na tolerância. Eu, sinceramente, sou incapaz de entender como se agrada a Deus subindo em um palanque e gritando injúrias contra aqueles que se encontram fora de seu círculo, levando em consideração apenas as diferenças e omitindo cruelmente as semelhanças.

Na matéria citada, o pastor Silas Malafaia declara em alto em bom som, na sua incapacidade de se expressar sem gritar: “Minoria não pode calar maioria. Isto é estado democrático de direito. O direito de um grupo social não pode cercear o dos outros. Eu não quero privilégio para evangélicos, mas também não aceito privilégio para gay”.

Sem entrar no mérito do quanto sua declaração é absurda, e do quanto se assemelha à fala de ditadores, déspotas, governantes tiranos e fanáticos religiosos, a exemplo de Adolf Hitler, que também convencia a multidões repetindo mentiras exaustivamente até que soassem como verdades, sinto-me na necessidade de explicar ao senhor Malafaia uma coisa: a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo significa que casais homossexuais poderão ter sua união reconhecida legalmente e não, como talvez o referido pastor possa ter entendido, que será obrigatório para todas as pessoas. Sendo assim, os religiosos que escondem sua preferência homossexual poderão permanecer no armário e assediando fieis em quartos escuros após os cultos.



Quanto ao argumento utilizado pelos líderes do movimento, que afirmam que a união entre pessoas do mesmo sexo é uma afronta à família e o prenúncio de sua destruição, vale ressaltar que diversos casais homossexuais, apesar dos entraves jurídicos e burocráticos, têm filhos adotivos –e até biológicos- muito bem criados, que se tornam adultos admiráveis, pois foram educados sob os preceitos do amor, da compaixão e da TOLERÂNCIA. Enquanto centenas de casais heterossexuais, muitos frequentadores assíduos de igrejas, sustentam famílias desestruturadas, que se agridem física e verbalmente, e que fazem florescer filhos desajustados, mal educados e que não sabem o que significa ser amados por seus pais.

Desejo salientar que as críticas aqui expostas expressam minha opinião pessoal e nada mais, e que respeito a liberdade de expressão e todas as formas de religião, desde que visem o bem comum, a paz, e o amor entre as pessoas, sem distinção de raça, cor, credo ou qualquer critério subjetivo que possa ser apontado.

A única coisa que importa é que as pessoas se amem e que se façam felizes, o resto só serve para causar discórdia, tristeza e desunião.



A intolerância é absolutamente intolerável, e aquele que recrimina o que não conhece é refém de sua própria ignorância.

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