RESENHA: SERIAL KILLER – LOUCO OU CRUEL?

 

O que leva uma pessoa a matar? O que a leva a fazê-lo repetida e metodicamente? São perguntas como essas que Ilana Casoy tenta responder em seu livro de estreia.

Numa obra concisa e extremamente forte, a autora contextualiza de forma habilidosa como funciona a mente de um assassino em série e o quão complexo é o trabalho da polícia para identificar e capturar esses sujeitos.

Após uma introdução predominantemente teórica, mas longe de ser cansativa, Ilana nos leva por uma cadeia de casos de assassinatos em série, sem poupar o leitor do mínimo detalhe. Nesse momento, aconselho aos mais “sensíveis” que abandonem a leitura, pois as páginas seguintes descrevem com riqueza de detalhes crimes brutais e inimagináveis.

 

Mentes perturbadas, fruto de infâncias conturbadas e relacionamentos complexos e nocivos. Página após página acompanhamos a trajetória de homens (e mulheres) com desejo de matar, e, em paralelo, o trabalho árduo da polícia na busca por esses predadores.

Apesar de usar definições técnicas, o livro mostra-se acessível a leigos, preocupação louvável da autora que, apesar de falar com propriedade sobre temas oriundos da psicologia e psiquiatria, não tem formação específica nessa área. Mas isso não significa que o livro seja para qualquer um, visto que as descrições dos crimes fazem quase impossível não visualizar cenas grotescas durante a leitura das muito bem escritas passagens.

 

 

 

“Serial Killer: Louco ou Cruel” é um livro com uma escrita envolvente e impessoal, o que deixa o leitor à vontade para enxergar a mente dos assassinos da forma que preferir. Se você tem curiosidade sobre o assunto, é uma obra obrigatória.

Em um trabalho de pesquisa impecável, com explanações concisas e ricas, Ilana Casoy marca sua estreia como escritora de forma esplendida, e seus trabalhos posteriores podem comprovar que a autora sabe o que faz.

 

Confira abaixo entrevista com a autora